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Radiculopatia: Causas e Tratamento

Radiculopatia cervical é a descrição clínica de quando uma raiz nervosa na coluna cervical fica inflamada ou comprimida, resultando em uma alteração na função neurológica.

Déficits neurológicos, como dormência, reflexos alterados ou fraqueza, podem irradiar em qualquer lugar do pescoço para o ombro, braço, mão ou dedos.

O formigamento e / ou a dor de alfinetes e agulhas, que podem variar de dor a choque ou queimação, também podem irradiar para dentro do braço e / ou mão.

A Coluna Cervical

O pescoço, também chamado de coluna cervical, é uma estrutura bem projetada de ossos, nervos, músculos, ligamentos e tendões. A coluna cervical é delicada – abrigando a medula espinhal que envia mensagens do cérebro para controlar todos os aspectos do corpo – enquanto também notavelmente forte e flexível, permitindo que o pescoço se mova em todas as direções.

A coluna cervical possui 7 ossos chamados vértebras, rotulados de C1 a C7. A parte superior da coluna cervical se conecta ao crânio, e a parte inferior se conecta à coluna dorsal aproximadamente no nível do ombro. Vista de lado, a coluna cervical forma uma curva lordótica, o que contribui e muito para a distribuição adequada das cargas recebidas da cabeça.

Funções da Coluna Cervical

A coluna cervical desempenha vários papéis cruciais, incluindo:

Proteger a medula espinhal: A medula espinhal é um feixe de nervos que se estende do cérebro e percorre a coluna cervical e a coluna torácica (parte superior e média das costas) terminando logo antes da coluna lombar (parte inferior das costas). Cada vértebra possui um grande orifício (forame vertebral) para a passagem da medula espinhal. Juntas, essas vértebras mantêm a medula espinhal protegida dentro de um túnel ósseo chamado canal medular.

Apoiar a cabeça e seu movimento: A coluna cervical lida com uma carga pesada, pois a cabeça pesa em média 5kg. Além de apoiar a cabeça, a coluna cervical permite a flexibilidade do pescoço e a amplitude de movimento da cabeça.

Facilitar a circulação sanguínea para o cérebro: Pequenos orifícios (forames nos processos transversais) da coluna cervical fornecem uma passagem para as artérias vertebrais transportarem sangue para o cérebro. Essas aberturas para os vasos sanguíneos estão presentes apenas nas vértebras da coluna cervical, de C1 até C6 (não em C7 ).

Com a passagem de tantos nervos, vasos sanguíneos e articulações em um espaço relativamente pequeno, a coluna cervical é uma das regiões mais delicadas do corpo.

Movimentos da Coluna Cervical

A coluna cervical é uma articulação muito móvel e por isso muito instável. Os movimentos encontrados e que são extremamente importantes para as atividades de vida diária são:

Flexão: a coluna se dobra anteriormente (para frente), aproximando o queixo do peitoral.

Extensão: a coluna se dobra para trás, elevando o queixo para cima.

Rotação: A coluna cervical e a cabeça se voltam para um lado. A rotação do pescoço é particularmente útil ao tentar olhar para o lado ou por cima do ombro.

Flexão lateral ou inclinação: a coluna cervical se inclina para um lado ou o outro com a orelha se movendo em direção ao ombro.

Causas da Radiculopatia

As causas mais comuns de radiculopatia são por compressão, o que pode ocorrer por uma hérnia de disco, uma estenose ou até mesmo por uma contratura muscular. Nesse caso, a raiz nervosa passa a estar comprometida e os sintomas podem ser distais.

Outro fator relevante para desenvolver radiculopatia, é a alteração química por componentes inflamatórios.

A radiculopatia cervical é uma condição rara, porem mais encontrada em idosos devido a degeneração das articulações do pescoço.

Tratamento da Radiculopatia

Em sua grande maioria, a Radiculopatia tende a passar sem nenhuma abordagem, porém em alguns casos é necessária a abordagem fisioterapêutica para auxiliar o processo de desinflamação de descompressão. Indicações cirúrgicas são extremamente raras e devem ser indicadas apenas em casos onde há perda considerável de força e após exame indicar lesão permanente do nervo. Nesses casos, e após tentativas falhas de reabilitação, a descompressão cirúrgica do nervo passa a ser necessária.

Procure sempre um especialista, é imprescindível passar por uma minuciosa avaliação clinica e de exames para decidir a melhor conduta a ser tomada.

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