A escoliose é um termo usado para descrever a curvatura lateral da coluna vertebral. Representando a combinação de regiões da coluna vertebral que sofrem alterações nos planos de forma tridimensional, ou seja, sofre alterações nos planos frontal, sagital e transversal de forma rotacional, podendo acometer a coluna cervical, torácica e ou lombar.
O tipo mais comum é a escoliose idiopática que afeta cerca de 80%-90% de todos os pacientes com escoliose. É chamada de idiopática por não ter uma causa conhecida, sendo considerada multifatorial.
O grupo das escolioses idiopáticas é dividido em três subgrupos que são determinados pelo momento em que as primeiras características escolióticas são detectadas. Sendo eles:
Escoliose Idiopática Infantil – detectada de 0 – 3 anos.
Escoliose Idiopática Juvenil – detectada 4 – 9 anos.
Escoliose Idiopática do Adolescente – detectada 9 – 17 anos – as mais comuns no âmbito clínico.
Também podemos citar a Escoliose degenerativa do adulto, que se inicia após menopausa acompanhada de dor lombar, instabilidade segmentar, estenose vertebral central ou foraminal;
Para se ter o diagnóstico de escoliose é necessário seguir alguns princípios, como:
Ângulo de Cobb maior que 10°
Rotação de tronco medido por escoliomêtro entre 5°-7° de rotação.
Assimetria de ombros, pelve e escapulas.
Para uma melhor compreensão de como o diagóstico pode ser realizado, veja o vídeo abaixo:
O médico especialista em coluna vertebral deverá orientar quanto aos exames necessários para fechar o diagnóstico e assim encaminhar para o fisioterapeuta especializado em coluna vertebral para iniciar o tratamento com os exercícios específicos para escoliose.
O tratamento para escoliose é realizado conforme o grau da curva e as diretrizes de desenvolvimento do paciente com o diagnóstico, sendo levado em consideração.
0 – 10° Assimetria Vertebral.
10°-25° Exercícios Específicos para escoliose.
25°-45° Colete 3D + Exercícios Específicos.
Acima de 45° Cirúrgico.
A grande maioria dos casos são tratados de forma conservadora, por meio do uso do colete e/ou somente os exercícios específicos para escoliose.
A escoliose idiopática não tem cura, porém tem tratamento, metas e objetivos traçados com os especialistas que acompanham o caso individualmente e direcionado de forma específica para cada caso e paciente.
Como nível de evidência A hoje é utilizado o Método Schroth como primeiro passo para o tratamento nas escolioses idiopáticas. O método Schroth tem o fundamento baseado no tratamento em blocos, levando em consideração as deformidades da coluna vertebral no plano tridimensional.
Os elementos básicos constituídos por este método é a informação ao paciente, sendo de extrema importância que cada individuo saiba sobre a doença, como ela ocorre e o que ela causa para que assim possa ser iniciado os exercícios específicos. Vale destacar principalmente a neuromodulação, quando o paciente com escoliose começa executar o tratamento proposto no dia a dia sozinho.
O principal objetivo e meta terapêutica é interromper o processo de progressão da escoliose, sendo eles:
– Evitar a cirurgia e uso e órtese.
– Desacelerar ou prevenir a progressão da curva.
– Estabilizar as correções da coluna vertebral em três dimensões.
– Melhorar a mobilidade da torácica e consequentemente melhorar a capacidade respiratória.
– Melhorar a estética corporal – levando a simetria do tronco.
Além de, consciência postural e controle das alterações posturais.
Com tudo alinhado entre terapeuta x médico x paciente inicia-se o tratamento com direcionamento e especificidade de forma individualizada.